terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Juras e lealdade ao tempo

terça-feira, 30 de dezembro de 2008 0
Querido eu levarei comigo esse segredo, a única que saberá de tudo será a morte um segredo a três. Diga-me que você voltará e eu farei sua cama, diga-me que está arrependido e talvez eu te perdoe, grite meu nome no meu da rua de madrugada chore as lembranças vomite as memórias coloque a culpa nos outros feche seus olhos e atravesse a avenida movimentada.
Eu jamais quis saber seu segredo e agora você me fez jurar nunca contar nada a ninguem, compartilhou seu desespero comigo se aliviou, e sobre carregou minha cabeça diga-me que tudo foi um terrivel sonho e então eu acordarei, diga-me que não se passaram vinte e sete anos e eu apagarei a vela do meu bolo de aniversário.
E as horas escorregam por minhas mãos, as palavras são gritadas em timbres mudos, e o pior cego não é aquele que não quer vê é aquele que vê o que quer, e seu maior erro foi compartilha de sua angustia comigo e meu pior pecado foi fazer juras de lealdade, é incrível o quanto isso afastou você de mim, é mais incrível ainda o quanto você se tornou presente em sua ausência. Diga-me que esses cortes em você pararam de sangrar que eu trocarei seu corativo, diga-me que nunca vai morrer que eu farei da eternidade o segredo da felicidade, diga-me que nunca chorou uma lágrima de dor que eu lhe abrirei meu maior sorriso.
Diga-me mais uma vez que tudo realmente não passou de um sonho ruim, que eu juro nunca mais dormir.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

(in) acabado

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008 0
Quase tão vazio quanto as lembranças tão sem cor quantos teus olhos tão inesqueivel quanto nós dois. E não não não há como fugir daquilo que temos que nos tornar e não existe nada que possa trazer o passado a realidade se não fechar os olhos e mergulhar no universo paralelo criado para ser refulgio, na verdade eu só queria saber exatamente o que eu quero sem precisar comparar sentimentos com coerência eu queria poder agora te abraçar te beijar me entregar por inteira queria poder chorar tua ausência, mas me ensinaram a trancar meus sentimentos me ensinaram a evitar a felicidade e me disseram para nunca olhar dentro dos olhos do amor.
Queria poder ter o poder de ser quem sou queria agora estar ao lado teu desfrutando do teu afeto desfrutando do seu amor, mas mais uma vez estou presa no meu sonho
existe uma outra que tem um poder estranho e medonho sobre você e seu amor não foi ou não é ou não pode ser maior que o desejo de ser sincero contigo .
Você bem que poderia estar agora ao lado meu me fazendo juras de amor e eternidade, bem podia estar me aquecendo, você bem podia ser meu e permitir que eu fosse sua e assim seriamos um só, em uma noite eu poderia te trazer a certeza que você queria ver salvar-lhe sobre o mar de incertezas que pairam sobre ti, mas você não esta aqui essa noite, nem esteve me outras noites nem nunca esteve por inteiro entregue a mim embora eu tenha me entregado por inteira a simplismente uma ilusão, talvez não seja tarde talvez seja tarde talvez tudo possa ficar assim (in) acabado.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008 0

É eu sentei nesse banco e adormeci quando acordei minha vida tinha passado e o tempo escorreu por entre minhas mãos e eu fiquei sem saber o que dizer ou fazer, eu não tinha memórias eu não tinha histórias eu não tinha mais tempo. Sabe eu comecei a sentir saudades do tempo em que o futuro era muito maior do que o passado, e agora não posso me agarrar em nada além do presente que se esgota a cada segundo que se perde no espaço.
Eu quero voltar para casa eu quero minha família de novo eu não quero continuar sentado nesse banco observando as crianças correrem felizes com seus pais, eu não quero mais jogar migalhas de pão para os pombos eu não quero mais viver das migalhas do tempo se não for para ter motivação para acordar todas as manhãs eu prefiro não acordar eu queria poder ver, pegar, o tempo ou melhor eu queria que o tempo fosse uma pessoa
queria lhe dizer todas as verdades que que gritei em meu silêncio queria dizer que o senhor seu tempo é muito cruel e que eu te odeio eu queria que você ficasse preso dentro de você mesmo queria que você não pudesse fugir de você queria que você pudesse ver sua vida ir e ficar de fora dela, eu te odeio com todas minhas forças, como você pode ser tão cruel e magnanime ?!
Deixe-me em paz por favor volte a ser ''abstrato'' tão abstrato como o ar que não pego não vejo e que enche meus pulmões que controla minha vida

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quarto dos fins musicais

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008 0
E a onde você estiver estarei em coração e alma e espírito através dessa canção.
E aquelas músicas tristes fazem sentido para mim, e aquele ritimo pesado da guitarra me faz bem e se eu colocar tudo isso num volume ensurdecedor faz parecer que a dor não está lá, e quantas vezes eu chorei cantando aqueles versos tristes e quantas e quantas vezes eu chamei por teu amor nos meus refrões e quantas vezes eu escondi nas palavras teu nome em uma linha escrita, ah como compor me deixa leve como quebrar a cabeça pra fazer um solinho de violão varreu as lembraças de uma tarde que seria dedicada a tua ausência, e agora eu estou aqui ouvindo música cantando música fazendo música respirando música e não eu disse não há como me escutar dentro dessas paredes brancas que se tornaram a prisão de lembranças e músicas da qual tenho tentado sair.
E as vezes eu sinto que nada vai mudar , mas lá dentro de mim da minha alma eu continuo a escrever algemada, escrevendo tanto que minhas mãos criam feridas que sangram e apagam tudo que eu escrevi, deixa vermelha as linhas pretas destacadas no papel branco apaga as palavras, mas não apagam a dor e eu nem sei como ou porque escrevo já que tudo será apagado, já que em meus punhos existe uma algema que corta minhas veias a cada letra escrita a cada linha feita a cada verso terminado a cada refrão sombrio e a melodia é tão confusa tão sem harmônia tão sem vida .
E eu continuo a escrever, e eu continuo a cantar e eu continou a sangrar e continuo nessa prisão de paredes brancas da qual dei o nome de quarto dos fins musicais .
Minha música leia antes que eu começe a sangrar e tudo se apague.

Porque fazer alguem sofrer ? e quando acontecer com você? o que você vai fazer?
Você foi uma linha na minha canção, a rima perfeita criada em vão, eu te chamei nos meus refrões
E nada adiantou, você não presta atenção no que eu canto então foi o que restou.
Só por hoje eu não vou te querer
Só por hoje eu não vou te ver
Só por hoje eu não vou chorar
Só por hoje eu não vou cantar
Só por hoje eu não quero acordar
Não quero mentir, mas não posso falar a verdade, escolha bem suas mentiras aperte o play e comece a jogar, um dia você ainda vai cantar
Só por hoje eu não vou te querer
Só por hoje eu não vou te ver
Só por hoje eu não vou chorar
Só por hoje eu não vou cantar
Só por hoje eu não quero acordar
e nada disso faz sentido, estou esperando você enteder o que eu sinto essa noite
Porque fazer alguem sofrer ? e quando acontecer com você? o que você vai fazer?


 
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