terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Juras e lealdade ao tempo

terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Querido eu levarei comigo esse segredo, a única que saberá de tudo será a morte um segredo a três. Diga-me que você voltará e eu farei sua cama, diga-me que está arrependido e talvez eu te perdoe, grite meu nome no meu da rua de madrugada chore as lembranças vomite as memórias coloque a culpa nos outros feche seus olhos e atravesse a avenida movimentada.
Eu jamais quis saber seu segredo e agora você me fez jurar nunca contar nada a ninguem, compartilhou seu desespero comigo se aliviou, e sobre carregou minha cabeça diga-me que tudo foi um terrivel sonho e então eu acordarei, diga-me que não se passaram vinte e sete anos e eu apagarei a vela do meu bolo de aniversário.
E as horas escorregam por minhas mãos, as palavras são gritadas em timbres mudos, e o pior cego não é aquele que não quer vê é aquele que vê o que quer, e seu maior erro foi compartilha de sua angustia comigo e meu pior pecado foi fazer juras de lealdade, é incrível o quanto isso afastou você de mim, é mais incrível ainda o quanto você se tornou presente em sua ausência. Diga-me que esses cortes em você pararam de sangrar que eu trocarei seu corativo, diga-me que nunca vai morrer que eu farei da eternidade o segredo da felicidade, diga-me que nunca chorou uma lágrima de dor que eu lhe abrirei meu maior sorriso.
Diga-me mais uma vez que tudo realmente não passou de um sonho ruim, que eu juro nunca mais dormir.

0 comentários:

 
Versos em folhas secas ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates